A Caixa Econômica Federal anunciou a redução dos juros para financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. De acordo com o banco, a taxa mínima passará na próxima segunda-feira,14, de 8,5% ao ano mais a TR para 7,5%, mais a TR.
A taxa máxima será de 9,5% mais a TR. As simulações podem ser feitas no site da Caixa. O anúncio do banco público é uma reação à decisão dos dois maiores bancos privados do país, que reduziram os juros do financiamento imobiliário.
Taxas dos bancos
Os bancos reduziram as taxas mínimas nas principais linhas de créditos imobiliários. Confira o comparativo:
Banco
Financeiro Habitacional (SFH)
Financiamento Imobiliário
Pró-Cotista FGTS
Limite do financiamento
Caixa (modalidades tradicionais)
a partir de 7,5% ao ano + TR
a partir de 7,5% ao ano + TR
entre 8,76% e 9,01% ao ano + TR
até 80% do valor para imóveis novos e 70% do valor para usados
Caixa (linha nova, atualizada pela inflação)
a partir de 2,95% + IPCA
a partir de 2,95% + IPCA
não opera
até 80% do valor o imóvel
Banco do Brasil
a partir de 7,4% ao ano + TR
a partir de 7,4% ao ano + TR (na carteira habitacional hipotecária)
9% ao ano + TR (disponível para imóveis novos e usados)
até 80% do valor no imóvel novo ou usado
Itaú Unibanco
a partir de 7,45% ao ano + TR
a partir de 7,45% ao ano + TR
não opera
até 82% do valor do imóvel (tanto para novos quanto para usados)
Bradesco
a partir de 7,30% ao ano + TR
a partir de 7,30% ao ano + TR (na carteira habitacional hipotecária)
não opera
até 80% do valor do imóvel novo ou usado
Santander
a partir de 7,99% ao ano + TR
a partir de 7,99% ao ano + TR
a partir de 7,59% + TR (apenas para imóveis novos)
Até 80% do valor do imóvel (tanto para novos como usados)
Vale lembrar que as taxas anunciadas pelos bancos são as mínimas, e que, para conseguir juros mais baixos, o tomador do crédito precisa quase sempre se encaixar em uma série de condições, sobretudo maior relacionamento com a instituição financeira. O nível e o tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor também costumam influenciar diretamente os juros cobrados pelos bancos.
Além da taxa de juros, devem ser considerados também na hora da escolha do financiamento os seguros obrigatórios, o sistema de amortização utilizado (SAC ou Tabela Price), além do pacote de serviços exigidos pelo banco para garantir a taxa ofertada.
Créditos em recuperação
Dados da Abecip mostram uma recuperação do crédito imobiliário no país. Nos 8 primeiros meses do ano, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança atingiram R$ 47,1 bilhões, uma alta de 31,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Somente em agosto, o financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiu R$ 6,71 bilhões em agosto, o maior resultado para um mês em 2019.
No acumulado em 2019 até agosto, a Caixa desembolsou R$ 14,5 bilhões para novos empréstimos em linhas financiadas com recursos da caderneta de poupança e não subsidiadas pelo governo, segundo dados da Abecip. Na sequência, estão Bradesco (R$ 11,6 bilhões), Itaú (R$ 10,2 bilhões) e Santander (R$ 7,2 bilhões).