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Relatório de Economia Bancária (REB) de 2018 traz 17 boxes com assuntos específicos

Relatório de Economia Bancária (REB) de 2018 traz 17 boxes com assuntos específicos

Relatório de Economia Bancária (REB) de 2018 foi apresentado pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, em São Paulo, nesta semana. Dividido em sete capítulos, a edição trouxe 17 boxes com estudos específicos.

Na apresentação do Relatório, Viana destacou o boxe sobre o perfil dos usuários do cheque especial. O estudo verificou que, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2018, 2/3 desses usuários concentraram menos de 10% de seu endividamento total nesse produto. Segundo o diretor, o boxe aponta que, ao longo de 2018, 19,5% do total de usuários do período utilizaram o cheque especial em todos os meses do ano e que mais de 50% dos usuários desse instrumento tomaram esse crédito em mais de seis meses. “Isso reforça a dimensão da importância da educação financeira, é preciso que as pessoas entendam os produtos. O cheque especial tem a sua flexibilidade, mas a uma taxa cara”, reforçou o diretor.

O boxe ‘Impacto de um choque de risco no crédito’ explora empiricamente a crise fiscal no Rio de Janeiro para estimar o impacto de um choque no risco da operação de crédito sobre a taxa de juros e o saldo em atraso. Os resultados apontam que a crise fiscal no RJ aumentou a taxa de juros do crédito consignado concedido a funcionários públicos estaduais (3,06 p.p.), bem como o percentual do saldo em atraso (0,16 p.p.). Essas evidências reforçam o entendimento de que melhorias no processo de recuperação de garantias no SFN são importantes para reduzir o custo de crédito dos tomadores de forma sustentável.

O BC antecipou neste ano a divulgação de quatro boxes do REB, antes de se divulgar a íntegra do Relatório. Foram divulgados antecipadamente os seguintes boxes: Garantias e diferenças nas taxas de juros de créditoReestruturação de dívidas e perfil do endividamento do cidadãoCrédito ampliado ao setor não financeiro Concentração, concorrência e custo do crédito. A divulgação antecipada dos boxes permite que os assuntos ganhem maior repercussão e sejam melhor discutidos na sociedade.

Novidades
Além da primeira publicação da estatística de crédito ampliado ao setor não financeiro, que amplia o escopo das estatísticas divulgadas pelo BC, o REB 2018 trouxe aprimoramentos realizados na Taxa Preferencial Brasileira (TPB), que corresponde ao custo do crédito para pessoas jurídicas de baixo risco de crédito. Introduzida no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) de setembro de 2011, a TPB tem sido divulgada no Sistema Gerenciador de Séries Temporais (série 20.019) desde a data-base de janeiro de 2005.

A TPB permite fazer um comparativo internacional com taxas semelhantes de outros países e, a exemplo da taxa prime americana, poderia servir de taxa referencial para operações de crédito, aumentando a transparência e incentivando a concorrência. A permanente evolução do mercado de crédito e do Sistema Financeiro Nacional (SFN) tornou necessária a atualização da metodologia da TPB, buscando a ampliação da base de operações e o aperfeiçoamento dos critérios de definição dos clientes preferenciais. A nova TPB amplia o espectro de modalidades de crédito consideradas, inclui operações com taxas indexadas ao CDI (além das prefixadas) e altera o critério de porte dos clientes.

O REB também traz como novidade na sua estrutura capítulo sobre produtos cambiais e boxes relacionados ao assunto. Nessa edição, recebeu ênfase especial a descrição dos principais produtos cambiais e da estrutura de instituições que participam desse mercado. Também foi analisada a concentração de mercado, as diferentes formas de entrega de moeda estrangeira, as moedas envolvidas nas negociações e a estrutura das instituições autorizadas a operar no mercado cambial. Por fim, são apresentadas as ações de aprimoramento da regulação e o aumento da eficiência do mercado de câmbio.

Custo do Crédito
O terceiro capítulo do REB trata da Decomposição do Custo do Crédito e do Spread. Nele é constatado que o Indicador do Custo do Crédito (ICC) – divulgado desde abril de 2017, que estima o custo médio, sob a ótica do tomador, de todas as operações de crédito ainda em aberto no sistema – e o spread aumentaram até o final de 2016, passando a declinar a partir do início de 2017. Isso ocorreu em linha com o processo de flexibilização monetária iniciado em outubro de 2016. Na decomposição do ICC, o custo de captação foi o principal componente, correspondendo em média a 37,3%, de 2016 a 2018, seguido pela inadimplência (23,3%), pelas despesas administrativas (17,2%), pelos tributos e FGC (12,9%) e pela margem financeira do ICC (9,4%).

Mas, segundo o diretor, diversas outras dimensões devem ser levadas em consideração quando se fala do custo do crédito: aumento de concorrência, melhoria das garantias, melhoria dos processos de recuperação, redução de inadimplência, aumento de eficiência. “Devemos atacar todas essas frentes”, afirmou. Veja aqui a apresentação completa.

Fonte: Contabilidade na TV

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